Transfusão sanguínea canina – Cães também salvam vidas
A medicina veterinária conseguiu conquistar avanços que antes parecia improvável, a transfusão sanguínea é uma delas. Indicada como um procedimento de emergência, esse método serve para repor os nutrientes sanguíneos que o cão perde em um acidente, quando está com anemia, após uma cirurgia ou quando passa a não produzir mais sangue, doenças em que envolvem algum parasita externo (carrapato, pulga), parasitas internos ou intestinais, por exemplo.

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Como é um procedimento considerado novo, sabe-se apenas que um cão tem 8 tipos sanguíneos e que não há um teste de compatibilidade, mas existe o cruzamento desses tipos sanguíneos a fim de evitar a rejeição ou efeitos colaterais. A transfusão tem efeitos benéficos imediatos, mas não prolongados! É importante esclarecer que é usado para manter a vida do animal segura, em níveis sanguíneos aceitáveis para que posteriormente se recupere totalmente.
Cuidados com a transfusão
É necessário tomar uma série de cuidados para que o pet doador e o receptor não sejam prejudicados. Para ser doador, o cão deve estar entre 2 e 8 anos e pesar mais de 25 quilos, pois com essa idade e esse peso, o corpo consegue recuperar todo o sangue doado sem nenhum problema.
Dependendo da necessidade de reposição de nutrientes, não é necessário que se use a bolsa de sangue completa. Existem quatro tipos de hemocomponentes, que são usados para situações distintas. Mas antes de entender sobre qual tipo é usado para tal situação, vamos mostrar como ocorre essa divisão:
Podem ser usados em gatos
Concentrado de hemácias e plasma fresco congelado
Podem ser usados em cães
Concentrado de hemácias, plasma fresco congelado, concentrado de plaquetas e crioceptado (o crioceptado é o plasma fresco congelado que foi descongelado lentamente e depois, centrifugado).
Para qual situação o sangue é utilizado?
Existem duas ramificações, o fresco e o estocado. O sangue é considerado fresco quando está armazenado em, no máximo, 8 horas em temperatura ambiente após a coleta. Após esse tempo, o sangue passa a ser refrigerado, podendo ficar até 35 dias.
O sangue total refrigerado é utilizado para tratar cães com anemia, em que a função é apenas a correção do volume de sangue, já o fresco é para repor todos os nutrientes.
- Concentrado de hemácias: usado para tratar anemia.
- Plasma fresco congelado: usado para tratar Pancreatite Aguda, Trombose, Hipoproteinemia (queda na proteína sanguínea) e Hepatopatia (qualquer doença que atinja diretamente o fígado).
- Concentrado de plaquetas: usado para tratar Trombocitopenia (qualquer doença relacionada a queda de plaquetas no sangue).
- Criocepitado: usado para tratar Hemofilia (doença genética e hereditária que impede a coagulação sanguínea, favorecendo hemorragias) e Doença de Von Willebrand.
A doação de sangue tem um papel muito importante, pois ajuda a equilibrar a saúde debilitada do animal. O mais importante de toda a evolução que a transfusão está proporcionando é que agora seu pet também pode salvar vidas!